Egresso da UnirG conduzirá a instituição de políticas públicas de saúde bucal hospitalar no TO

Com o intuito de definir as diretrizes e estratégias para a organização dos processos de trabalho no âmbito hospitalar de gestão estadual, o Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria Estadual de Saúde – Sesau, decidiu instituir políticas públicas de saúde bucal hospitalar. O coordenador na construção do documento será o egresso de Odontologia da Universidade de Gurupi – UnirG, Antônio Kleber Batista Santos. A determinação foi publicada recentemente no Diário Oficial do Estado - DEO.

Antonio Kleber Batista Santos é formado pela UnirG desde 2013. Atualmente é servidor na Superintendência de Políticas de Atenção à Saúde e Coordenador da construção da política estadual de saúde bucal hospitalar.

Com a divulgação da Portaria 666/2022/SES/GASEC foi nomeado o Grupo de Apoio Técnico, composto por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/TO) e das unidades hospitalares.  O Apoio Técnico iniciará os trabalhos para a elaboração do Manual Instrutivo para a implementação da Política Estadual de Saúde Bucal Hospitalar do Estado do Tocantins.

O documento tem como objetivo a promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças orofaciais, de manifestações bucais de doenças sistêmicas ou de consequências de seus respectivos tratamentos.

De acordo com Antonio Kleber Batista Santos, a iniciativa foi devido à grande demanda solicitada ao secretário Estadual de Saúde, Afonso Piva, para a regulamentação da categoria visando a estruturação da rede.

“Vamos construir o Manual Orientador e a linha de cuidado nos prazos estipulados, conforme explicado na Portaria. A construção do documento será por meio da contribuição de cada indicação compartilhada e conseguintes reuniões semanais para discursão em grupo”, explicou Santos.

A Portaria diz ainda que o processo de elaboração do Manual Orientador será coordenado pelo Grupo de Apoio Técnico, assim como, conter as orientações sobre a estruturação dos serviços, a serem prestados por perfil hospitalar (cardápio hospitalar), estrutura física/operacional e equipe mínima com detalhamento das especialidades necessárias por tipo de serviço a ser implantado e/ou adequado.

“Visto que não tínhamos nenhuma política que regulamentasse a Odontologia Hospitalar no Estado, consequentemente, recebemos muitas solicitações de aumento de carga horária para os hospitais de gestão estadual. Agora podemos dimensionar a oferta e demanda de serviços para melhor distribuição dos profissionais, bem como a possibilidade ou não de concurso para a Odontologia”, completou Antonio Kleber.

Entre as estratégias que serão criadas para o Manual Orientador estão: Elaborar a Linha de Cuidado em Saúde Bucal na rede hospitalar própria; Articular com as Instituições formadoras para produção e sistematização de conhecimentos necessários ao desenvolvimento de habilidades e competências dos profissionais no campo da Odontologia Hospitalar e Promover ações de Educação Permanente e capacitação para os profissionais vinculados a Odontológica Hospitalar na gestão estadual.

Conforme a coordenadora de Odontologia da UnirG, Sônia Torres, é muito bom saber que o Estado está seguindo as recomendações do Governo Federal. “Em 2021, foram estabelecidas as diretrizes curriculares para a implantação em todo o território nacional. Poder realizar esse trabalho multiprofissional em hospitais é excelente para a promoção e prevenção da saúde oral. Realmente, temos que olhar para toda a comunidade, principalmente, da região Norte que é muito carente”, disse a professora.

Sônia Torres acrescentou ainda que ter um egresso conduzindo o grupo que irá implantar o processo no Tocantins, é motivo de orgulho. “Há anos nossa matriz curricular já oferece aos nossos alunos a disciplina Odontologia Hospitalar, sempre tivemos essa preocupação de ensiná-los esse tipo de atendimento. Além disso, é uma oportunidade de mais um campo de trabalho para os profissionais da área que, às vezes, pensam apenas em atuar nos consultórios”, completou.

Redação: Giselli Raffi