Professores da UnirG participam de reunião sobre inclusão de alunos com dificuldade e deficiência

Com o propósito de orientar e preparar os professores da Universidade de Gurupi – UnirG, para realizar o melhor acolhimento aos acadêmicos que apresentam dificuldades e deficiências, foi realizada, na última sexta-feira, 25, uma reunião online, pelo Google Meet.

A iniciativa da ação foi do Núcleo de Formação Permanente (Nufope) em parceria com o Núcleo de Atendimento Educacional Especializado (Atendee).

Fizeram parte da apresentação a professora Karla Regina Gama e Deice Pomblum, do Atendee, a professora Gisela Guadalupe, do Nufope, e os demais professores participantes.

Conforme Karla Gama, a maior demanda na Instituição ainda envolve a questão emocional. “Muitos alunos chegam para nós com a autoestima muito baixa, extremamente fragilizados. O nosso primeiro caminho é trazer o professor para perceber e orientar esses estudantes. Muitas vezes, a dificuldade não é visível e se o professor não estiver atento a uma escuta, essa dificuldade irá passar desapercebida”, relatou a professora.

Gama explicou que, “quando a dificuldade é identificada o professor pergunta ao acadêmico se ele aceita preencher o formulário disponível no link do Atendee e se ele concordar, será agendada uma consulta comigo, onde farei a escuta, preencheremos todos os protocolos e faremos os acompanhamentos e encaminhamentos necessários”, frisou.

A professora Deice Pomblum, responsável pelo Plano Educacional Individualizado (PEI) para cada aluno com dificuldade e deficiência que se apresenta ao Atendee, mencionou que “a inclusão é necessária e também, o entendimento de que o indivíduo que apresenta alguma deficiência intelectual, não significa que ele está fadado a não aprender mais, ele vai aprender sim, mas de uma maneira diferenciada”, destacou.

Pomblum explanou sobre o PEI, mencionando que ele é realizado para identificar todos esses aspectos. O documento contém os históricos familiar, acadêmico e emocional do aluno. “Os estudantes preenchem todos os protocolos mostrados na reunião e então é feito um levantamento de tudo, em consonância com aquilo que eles conseguem ou não realizar”.

Entenda a importância da participação do professor

A professora Deice frisou também que, “ainda nesse plano, nós sugerimos ao professor uma forma mais adequada de ensinar esse acadêmico e quais os recursos mais apropriados na sala de aula. Por isso, é essencial que o professor entre em contato com essas particularidades e desenvolva uma sensibilidade para proporcionar novas formas de aprendizagem na sua disciplina”.

Deice Pomblum acrescentou que "é importante estar preparado para saber que não é por preguiça, ausência de esmero ou falta de atenção pelos estudos, de forma alguma. Pode ter certeza que se ele não tem rendimento, êxito na sala de aula, nas avaliações, nos trabalhos propostos, é necessário que os professores o encaminhe para que possamos fazer essa análise. Quando o acadêmico não corresponde, ele pode apresentar uma deficiência intelectual e às vezes, até ele mesmo não tem essa consciência. Não queremos facilitar as avaliações, mas sim adequá-las para que possam ser compreendidas”.

Uma das participantes da reunião foi a professora aposentada e estudante de Psicologia, Eleuza Duarte de Araújo, que trabalha com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na Clínica Multidisciplinar, na Incubadora Inovo da Instituição. “Agora, realmente eu estou vendo um projeto de inclusão ocorrendo e com bons resultados. Tenho por base os estudos que faço sobre inclusão e digamos que não são fáceis.  Estou encantada com toda a explanação”, afirmou Eleuza Duarte.

O Atendee está localizado no Campus II da UnirG, na avenida Guanabara, nº 1500, entre as ruas 9 e 10, Setor Central, Gurupi/TO.

O telefone para contato é (63) 3612-7711 ou pelo e-mail: atendee@unirg.edu.br

Redação: Luciene Souza