Boquinha do Bebê inicia atendimentos nos Centros Municipais de Educação Infantil

A partir do dia 21 de agosto, as equipes do programa Boquinha do Bebê: Saúde Bucal irão iniciar atendimentos semanais no Centro Municipal de Educação Infantil Irmã Divina (Cemei). Esse é um projeto de extensão do curso de Odontologia do Centro Universitário UnirG, que este ano completa 10 anos de existência.

Serão realizadas avaliações bucais e antropométricas (estudo que analisa os aspectos genéticos e biológicos do ser humano e compara-os entre si) em todos os alunos da Unidade e futuras intervenções nos casos necessários. 

O trabalho teve início no primeiro semestre, no Cemei/Vila Íris, com avaliações dos alunos do local. A partir desse semestre, serão realizadas intervenções na área de respiração bucal, por meio de uma fonoaudióloga, que integra o Programa. 

O Boquinha visa promover a saúde bucal em crianças de 0 a 5 anos e gestantes, lactantes e bebês em Unidades Básicas de Saúde e Hospital Regional de Gurupi. Atualmente conta com a participação da equipe interdisciplinar composta de professores e alunos dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Medicina e Jornalismo do Centro Universitário UnirG, além de preceptores da Secretaria Municipal de Saúde.

A extensão dos atendimentos é resultado de um repasse que o Programa recebeu do Ministério da Educação (MEC), por meio do edital público do Programa de Extensão Universitária do MEC (PROEXT/MEC) na quantia de R$ 278.678,50. Os recursos foram liberados em maio deste ano e o projeto é coordenado pela professora Rise Rank, doutora em Odontopediatria.

“A saúde bucal da criança deve ser priorizada mesmo antes do nascimento. Estudos revelam que a falta de conhecimento das gestantes fazem com que estas mães instalem hábitos errados na dieta, higiene e também deixem de realizar procedimentos fundamentais para manter a saúde do bebê”, disse Drª Rise.

10 anos de Programa

Entre as atividades que são realizadas pelo Boquinha do Bebê estão: palestras para gestantes no pré-natal nas UBS; atendimentos pós-parto; orientação para dieta, higiene, exame clínicos em bebês e acompanhamento da saúde bucal das crianças. 

Desde 2007 foram realizados em média 2025 procedimentos e 312 inscrições de crianças a cada ano, mas o abandono do Programa apresenta altos índices, chegando a 42% ao ano. “As mães costumam levar as crianças nos primeiros oito meses, depois não retornam para o controle e acompanhamento, o que pode ocasionar o aparecimento das doenças”, alertou.

Com os novos recursos que estão sendo investidos haverá o fortalecimento do programa tanto nas Unidades Básicas quanto no Hospital Regional, com aquisição de equipamentos, material de consumo e promoção de pesquisas na área de bebês, além da participação de quatro estudantes da UnirG com auxílio bolsa e voluntários.

Sobre os 10 anos do Programa, a professora relata que hoje a comemoração é de superação de um sonho que surgiu na tentativa de amenizar a saúde bucal das crianças do Município.

“Foi, e é um grande desafio para esta cidade no meio do Brasil, quase desconhecida, na região norte do país, uma região considerada de aumento das doenças bucais. Por isso estar há 10 anos funcionando, mesmo que simples e timidamente, para nossa equipe já é um sucesso”, finalizou Rise Rank.

 (Fotos: arquivo pessoal do Programa)