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22 de Maio de 2024
Os professores de Medicina da Universidade de Gurupi – UnirG, campus de Paraíso do Tocantins, estarão na capital paraense participando da cerimônia de lançamento do Instituto Amazônico do Mercúrio – Iamer. O evento iniciou na noite de ontem, 21, e segue hoje, 22, contando ainda com a presença de pesquisadores de universidades públicas da região norte do País. O encontro ocorre no Teatro Gasômetro do Parque da Residência, em Belém (PA).
Representando a UnirG estão os professores, Drº Walmirton Bezerra D´Alessandro e Drª Seyna Ueno Rabelo Mendes. Um dos objetivos da reunião é o de assinar o convênio para a criação do Instituto Amazônico.
O Iamer tem uma rede integrada por instituições públicas amazônicas comprometidas para o desenvolvimento e apoio de soluções realistas e eficazes perante a presença do mercúrio na Amazônia. O encontro é a primeira ação, a manifestação de apoio formal ao Projeto de Lei n.º 1011/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção da Exposição ao Mercúrio.
“A participação da UnirG é devida a integração ao grupo de instituições públicas parceiras amazônicas a qual seremos referência no Tocantins. As outras universidades são federais e nós somos a única pública municipal que, além disso, receberemos verba para pesquisar o mercúrio em nosso Estado”, explicou o professor Walmirton D´Alessandro.
O professor acrescentou que o grupo de universidades adquiriu o montante de R$ 3 milhões para a pesquisa e, destes, a UnirG receberá o incentivo de R$ 550 mil.
“Parte dessa verba será usada para a compra de equipamento que realizará a dosagem do mercúrio. O restante será investido na manutenção da pesquisa”, completou D’Alessandro.
O Iamer fará a análise de mercúrio nos cabelos das pessoas, moradoras da região norte do Brasil. “No Tocantins, a UnirG será a única Instituição a ter esse aparelho. O equipamento custa em torno de R$ 250 mil e iremos analisar moradores de várias cidades do Estado, incluindo Palmas e interior”, explicou.
A cerimônia de lançamento do Iamer é um evento apenas para convidados da comunidade acadêmica, poder público, sociedade civil e convidados no Instituto de Ciências da Arte da UFPA.
A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Justiça, Universidade Federal do Pará - UFPA, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Universidade de Gurupi - UnirG, Universidade do Estado do Amazonas - UEA, Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA e do WWF-Brasil.
"A participação e integração da UnirG junto as essas instituições de renome, que trata sobre a problemática e criação do Instituto Amazônico do Mercúrio, é de grande relevância para nossa Instituição de Ensino, o que demonstra o quanto a pequisa na Universidade de Gurupi vem amadurecendo nos últimos anos", finalizou o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UnirG, Drº Fábio Pegoraro.
Iamer
O Instituto Amazônico do Mercúrio (Iamer) será uma rede interdisciplinar de instituições parceiras amazônicas que atuarão como: produtores de conhecimento e consultores técnicos nas áreas de saúde pública, meio ambiente e direitos humanos para apoiar ações do Governo Federal no manejo da contaminação por mercúrio e da exposição humana na Amazônia; polos de testagem de mercúrio em todos os Estados da Amazônia com o intuito de se tornar imediatamente uma ferramenta de resposta rápida às demandas de monitoramento e levantamento de dados ambientais e epidemiológicos para o Governo Federal.
O instituto nasce com a ambição de expandir e estabelecer ao menos um polo de testagem de contaminação em cada Estado Amazônico. Com essa estrutura, o Iamer se posiciona como a primeira rede dedicada especificamente ao problema da contaminação por mercúrio com uma abordagem holística, integrando pesquisa científica, treinamento profissional e engajamento comunitário para enfrentar um dos principais problemas ambientais e de saúde pública na Amazônia.
A presença de mercúrio na Amazônia é um problema sistêmico de grande complexidade, com efeitos devastadores sobre a segurança alimentar, a saúde pública e o meio ambiente das comunidades da Amazônia. O mercúrio não se decompõe facilmente no meio ambiente, o que o leva a entrar em um ciclo contínuo de deposição e remoção entre o solo, os corpos d'água e a atmosfera.
Esse ciclo permite que a substância percorra grandes distâncias, afetando não apenas aqueles que estão no entorno das áreas contaminadas como, povos e comunidades tradicionais, incluindo ribeirinhos e indígenas, mas também aqueles que vivem nas áreas urbanas da Amazônia. (*)
(Com informações do site https://www.wwf.org.br/ )
(Por Giselli Raffi - Jornalista/Ascom)