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27 de Setembro de 2021
“Rum, conversa!” é o nome do novo trabalho que começou a ser desenvolvido pelo curso de Jornalismo da Universidade de Gurupi – UnirG, no mês de setembro. São oficinas voltadas para estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de Gurupi, e fazem parte do projeto de extensão "Educação Midiática e o Papel do Jornalismo na Consciência Cidadã".
Nas oficinas, os alunos e professores da UnirG abordam três temas:
1 -“O que é jornalismo? O jornalismo e o direito à comunicação”
2 -“Eita, peraí! Como saber se uma mensagem é confiável?”
3 - “Consumindo e produzindo conteúdo de forma responsável. O perigo das informações falsas”.
O nome do projeto, “Rum, conversa!”, foi escolhido por votações entre os integrantes. De acordo com Lucas Carvalho, acadêmico de Jornalismo que pensou no nome escolhido, “a proposta tem tudo a ver com nossa fala tocantinense que demonstra um tom de dúvida, em resposta a alguma informação duvidosa que recebemos”, conta ele. A mensagem do projeto é justamente essa: é preciso saber identificar informações falsas.
De acordo com a professora do curso e responsável pelas oficinas, Ma. Marina Bitar, “o primeiro tema visa explicar o que é a prática jornalística, desmistificando alguns pontos da profissão que algumas pessoas ainda confundem, como por exemplo a diferença entre os gêneros textuais informativo e opinativo. Além disso, a intenção é explicar o que é de fato ser jornalista”, explica ela. Bitar menciona que essa é uma forma de divulgar o curso de Jornalismo da UnirG e atrair estudantes que se identifiquem com a prática jornalística, apresentada nas oficinas.
A segunda oficina, que já começou a ser ministrada em algumas escolas como o CEM Ary Ribeiro Valadão Filho e o CEM de Gurupi, oferece habilidades e ferramentas aos estudantes, para que identifiquem com mais facilidade mensagens duvidosas, falsas e verdadeiras na internet e também passem esses conhecimentos à família e amigos. A professora Marina destaca ainda que “o objetivo é tornar a comunidade jovem em multiplicadora dessas habilidades midiáticas”, enfatiza.
Voltada para o diálogo com os estudantes, a terceira temática propõe uma reflexão sobre a responsabilidade acerca do conteúdo que cada um publica e compartilha nas redes sociais. Com isso, o intuito é de alertá-los sobre os perigos da desinformação, principalmente as mensagens que difamam alguém ou alguma situação. “Abordamos a cultura do cancelamento, discursos de ódio, bullying e o perigo dos boatos para a vida das pessoas”, conta Marina.
Acadêmicos e egressos também ensinam
As oficinas são ministradas pelos professores do curso, mas em breve, acadêmicos e egressos que integram o projeto, também irão conduzir os trabalhos. Por ser um Projeto permanente, ao longo do tempo será cada vez mais aprimorado, de modo que alcance e engaje o público jovem das instituições que o recebem.
O objetivo é contribuir para que os estudantes secundaristas desenvolvam autonomia, e tenham senso crítico em relação ao que eles produzem e consumem nas mídias sociais. A ideia é indicar os caminhos para que façam escolhas mais conscientes e responsáveis, a respeito de todos os conteúdos vistos diariamente no mundo digital.
Segundo a professora Marina, o esperado é que o curso de Jornalismo da UnirG contribua efetivamente no combate à desinformação, porque esse é um dos papéis dos profissionais comunicadores. “Esse tem sido um problema enfrentado mundialmente. Inclusive, iniciativas de Educação Midiática são apoiadas pela Organização das Nações Unidas – ONU e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco”, observa Bitar.
O projeto está inserido na linha da pesquisa Cidadania, Estado e Políticas Públicas. O trabalho é dividido em três outros projetos: as oficinas de Educação Midiática para estudantes do Ensino Médio para escolas; Agência de Checagem de Fatos, produzida pelos acadêmicos do curso de jornalismo e ainda a prestação de serviços em assessoria de comunicação para pequenas empresas da região.
“Queremos que os projetos sejam permanentes. Baseados no que fizermos esse ano, nossa intenção é que eles sejam aprimorados e sejam ampliados a partir de 2022”, finaliza Bitar.
Redação: Ana Neuberger - estudante de Jornalismo
Edição: Meiry Bezerra