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02 de Setembro de 2014
Alunos e professores de Direito e Engenharia Civil participam na manhã de hoje, 02, no auditório do campus I da UnirG, de duas palestras com o tema Trabalho Decente e seu reverso. O evento é promovido pelo curso de Direito e tem a proposta de dar uma visibilidade geral sobre o trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade e dignidade.
Segundo o presidente da UnirG, Sávio Barbalho, este é um tema que interessa a toda a sociedade. Durante a abertura, ele também destacou a presença dos acadêmicos de Engenharia Civil, já que o assunto também envolve a formação dos profissionais desse campo. “A área da construção civil tem se mostrado frágil diante do alto número de casos envolvendo as más condições de trabalho. Precisamos olhar para este assunto com seriedade e atenção”.
O professor Paulo Henrique Costa Mattos, presente no evento, disse que a temática necessita de discussão, diante da crescente precarização e falta de respeito aos trabalhadores. “Direitos mais elementares dos brasileiros estão sendo perdidos. É necessário pensarmos o que vamos fazer diante dessa violação”, disse.
No início da primeira palestra da manhã, o juiz da 1ª Vara do Trabalho de Gurupi, Rúbens Corbo, destacou a qualidade dos profissionais formados na UnirG. “Uma árvore é reconhecida pelos frutos que dá e a UnirG tem demonstrado acertos diante da boa formação que oferece aos futuros profissionais. Os alunos devem ter orgulho de estar aqui”, ressaltou Corbo.
Sobre as relações de trabalho, o juiz abordou a relevância do trabalho na vida do homem. “É isso que nos faz humanos, mas com o crescimento do Capitalismo e a mercantilização do trabalho, a própria humanidade transforma-se em moeda de compra e venda”.
A segunda palestra da manhã foi ministrada pelo coordenador da Campanha contra o Trabalho Escravo, Frei Xavier Jean Marie Plassat. Devido a sua atuação na Comissão Pastoral da Terra (CPT), recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2008.
Ele falou sobre o trabalho que considera a pessoa como “coisa, animal e objeto de exploração” e as origens na história brasileira. “O Brasil tem longa relação com a escravidão, que antes era legalizada e abençoada pela Igreja. A chegada dos negros escravos marcou a cultura das elites e, infelizmente, até hoje a escravidão continua na mente do povo, como se fosse normal”.
As palestras também serão realizadas hoje, a partir das 19h15, no campus I da UnirG.