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04 de Abril de 2014
Após um ano e três meses de gestão o presidente da Fundação UnirG, Sávio Barbalho, analisa seu trabalho e lembra os grandes desafios superados. Desde quando assumiu ao cargo, em janeiro de 2013, houve grandes avanços na administração de uma das principais Instituições de Ensino Superior do Estado, o Centro Universitário UnirG.
Com intuito de reorganizar a estrutura física e de funcionamento da UnirG, Barbalho adotou medidas que provocaram polêmica, causaram desconforto inicial aos servidores, mas que atualmente são vistas com destaque em sua administração, tais como: demissões de servidores com cargos comissionados; suspensão de progressões e concessão de licenças; retorno dos servidores à disposição de outros órgãos com custos para UnirG, além de aumento de mensalidades.
Comemorando uma nova fase organizacional, o presidente afirma que hoje a Instituição inspira confiança na comunidade acadêmica, sociedade em geral e no meio político. “Vejo esta fase como resultado prático do trabalho que foi desenvolvido do último ano. A comunidade percebeu que tínhamos o propósito sério de recuperar a imagem da Instituição e que não abriríamos mão da transparência e da moralidade. Hoje a UnirG se encontra num cenário melhor, principalmente em razão da estabilidade política”, celebrou.
Barbalho acrescenta ainda que “no âmbito financeiro, os fornecedores, os servidores e acadêmicos observam que os compromissos firmados foram honrados, dentro do que assumimos e nos foi possível”.
Reorganização Financeira
Quando assumiu, um de seus maiores desafios foi administrar com a escassês de recursos e alto índice de endividamento. “A folha de pagamento dos professores contratados e dos preceptores estava em atraso, somando um débito de R$ 740 mil. Com passar dos meses a situação foi se agravando e a inadimplência das mensalidades preocupava. Somente a dívida com os internatos de São Paulo e Goiás somavam em torno de R$ 1,4 milhão”, esclareceu.
Na tentativa de captar recursos imediatos, uma das primeiras iniciativas foi a suspensão das progressões e das concessões de licenças aos servidores pelo período de um ano. “A medida foi dura, mas necessária. Determinamos a imediata suspensão de cessão e o retorno de servidores que geravam ônus para UnirG. Limitamos ainda a realização de despesas de qualquer natureza e enfrentamos com clareza e técnica a questão do aumento das mensalidades, além de combater duramente a inadimplência cortando descontos indevidos”, lembrou.
Porém, este ano, conforme compromisso firmado, nos primeiros três meses a presidência já iniciou o pagamento das garantias legais de direitos dos servidores. “Já foram concedidas e implementadas as progressões aos servidores administrativos e professores, sendo ainda tarefa da administração quitar o passivo existente em relação a esse assunto, cuja negociação pretendemos começar no segundo semestre. O prefeito Laurez autorizou a recomposição salarial de 5,91%, referente ao ano 2013, que será paga a partir deste mês aos servidores, compromisso esse que havia sido feito ainda quando ocorreu o aumento das mensalidades”.
As medidas possibilitaram uma economia, em comparação aos dados de 2012, que permitiram que a Instituição obtivesse mais crédito. “Estamos reconquistando nossa credibilidade junto aos credores locais e de outros Estados. Os internatos para alunos de Medicina estão com os pagamentos em dia e as vagas que eram reduzidas foram ampliadas”, disse.
Conseguiu manter em dia as obrigações fiscais da Fundação, pagando a negociação das parcelas em atraso do IPASGU, INSS e IRRF, que somam um montante em torno de R$ 800 mil mensais.
Outro grande desafio na administração pública é o cumprimento das exigências legais, citando como exemplo a Lei 8.666, que estabelece normas para licitação. “As compras dependem de ser licitadas em razão da natureza pública da Instituição. Ainda que tenhamos dinheiro em caixa o processo demanda tempo, chegando até 90 dias para concluir um procedimento, e isso nos impede atender os casos com maior agilidade”, explicou.
Ao avaliar os resultados, Barbalho acredita que a transparência e a legalidade foram princípios fundamentais para que a UnirG resgatasse sua credibilidade. “Não ficamos apenas no discurso retórico, mas fizemos de tais princípios uma prática diária com a divulgação dos dados no Portal UniTransparência. Tudo é compartilhado com a sociedade e isso só foi possível com seriedade, compromisso e transparência”.
Para o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, com seriedade e transparência a Instituição poderá se tornar referência em ensino de qualidade. “A prefeitura se preocupa com o andamento da Instituição porque também somos responsáveis. Vejo a relação entre prefeitura e UnirG positiva, pois a pessoa que está presidindo deve ser séria e correta. Nossa finalidade é que a UnirG seja forte e respeitada, por isso pretendemos fazer investimentos, já que nossa meta é torná-la referência em ensino de qualidade na região norte”, declarou.
Investimentos
Para este ano, com o recebimento das parcelas do Proeducar, em torno de R$ 90 mil mensais, o presidente prevê ainda investir nos cursos, apoiando a Reitoria por meio das pró-reitorias e coordenações, no aprimoramento da qualidade de ensino, com iniciativas que vão beneficiar a qualificação do ensino, a exemplo do Congresso Científico e Seminários.
“A prioridade será discutida com a academia e os investimentos serão feitos em conjunto com a reitoria e alunos. No ano passado, além de quitar divida de obras literárias, ainda foram comprados R$ 400 mil em livros e pretendemos investir o mesmo montante este ano. A autorização para a aquisição já foi dada à Reitoria”.
Ao longo dos anos, a UnirG acumulou uma inadimplência em torno de R$ 16 milhões, sendo que deste valor R$ 3 milhões prescreveram com passar do tempo. Nesta gestão as medidas judiciais foram intensificadas para recuperar esta receita, com a terceirização do serviço de cobrança por meio de licitação, num contrato de resultado. “A decisão em terceirizar a cobrança tem base legal, pois consultamos o Tribunal de Contas. A empresa vencedora foi a que apresentou a melhor proposta e irá receber os honorários somente se obtiver sucesso na cobrança”
Referente às obras do campus I esta gestão instaurou processo administrativo visando por um fim ao contrato com as construtoras. “A ação é um marco divisor entre a nossa gestão e as passadas. Nesse processo as partes envolvidas, especialmente as empresas, terão que justificar por qual razão a obra não foi concluída.”
O presidente destacou que a aquisição de novos recursos permitirá concluir as obras que se encontram inacabadas para entregá-las à comunidade acadêmica, bem como, ampliar o campus e construir novos prédios.
“Em apenas um ano muito já foi feito, mas os desafios persistem, pois foram anos de maltrato à Instituição. Concluir o campus I, aprimorar os laboratórios de saúde, estruturar melhor a biblioteca, realizar concurso público para servidores, são metas que ainda precisamos cumprir, e acreditamos que conseguiremos atingi-las”, finalizou