Presidente da Fundação reúne com professores em greve

Na manhã desta terça-feira, 03, o presidente da Fundação UnirG, Sávio Barbalho, reuniu com professores da Instituição que se dirigiram ao Centro Administrativo Açai para tratarem sobre as reivindicações da classe que motivou o movimento grevista.

Compondo a mesa estavam Sávio Barbalho, o presidente da Associação dos Professores Universitários de Gurupi (Apug), José Carlos de Freitas, a diretora administrativa e financeira, Danielle Mesquita, e o procurador geral da UnirG, Valdivino Passos Santos.

Além do pedido de reajustes salarial, outros pontos como incorporação das progressões e pagamento de valores retroativos e ainda qualificação encorparam o debate.

O presidente da Apug afirmou que não aceita que os desmandos das gestões passadas continuem afetando os professores. “Não queremos mais permitir que os desmandos do passado sobrecarreguem a nós, que ficamos no prejuízo”, disse Freitas.

O professor acrescentou ainda que “acredito que a equipe que hoje está a frente da UnirG não seja corrupta, sabemos que as falas são honestas, mas isso não impede a gente de negociar. Lamentamos que enquanto nós estamos no esforço a maioria dos colegas não estão aqui e outros estejam em sala de aula. Espero que ainda hoje a paralisação seja finalizada”, concluiu o professor José Carlos de Freitas.

Sávio Barbalho agradeceu a presença de todos e disse que o momento é importante para que o diálogo permaneça e chegue diretamente aos professores, sem muitos interlocutores, pois tais intervenções podem promover distorções quanto ao que fora dito e compromissado.

Acrescentou também que entende a relevância do movimento e que sempre esteve de portas abertas para atender a Apug, seja em reuniões em seu gabinete ou em assembleias. “Em nenhum momento determinei ou tentei coibir a manifestação dos professores. Gostaria de atender todos os direitos dos servidores, mas as medidas que devem ser tomadas serão feitas, mesmo que não sejam agradáveis, pois sempre pensarei no bem da coletividade”, declarou Barbalho.

Sobre o pedido de aumento salarial o presidente afirmou que devido o fato da folha de pagamento já ter excedido todos os percentuais legais previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal fica difícil pensar em alguma saída imediata. “Dos R$ 3 milhões que a Instituição arrecada 73% são comprometidos com pagamento da folha dos servidores. As dívidas com encargos sociais comprometem o restante da receita, inviabilizando investimentos e compromissos com fornecedores. Não temos nenhuma outra renda que não seja das mensalidades”, reforçou o presidente da Fundação.

Na ocasião foi aberto espaço para que os professores pudessem expor seus argumentos. Para o professor do curso de Educação Física, Valmir Lira, a UnirG deve pensar em conjunto e democraticamente numa medida urgente para solucionar a atual situação.

“Devemos exigir que seja instaurada uma auditoria para investigar a Instituição e que os gestores do passado devolvam aos cofres da UnirG possíveis valores desviados, para que assim a categoria possa ter seus direitos adquiridos. Precisamos descobrir o que aconteceu no passado para garantir nosso futuro”, afirmou.

Após mais de duas horas de debate, o Presidente da Apug asseverou que suspenderia o ato naquele momento, para permitir à Presidência, uma manifestação por escrito ate às 17h, para analise da Assembleia, se deveria ou não continuar a greve.

“Não vou criar falsas esperanças porque até o final da tarde não terei o poder de ter as respostas que os senhores esperam, ou seja, a receita não sofrerá severo aumento até tal momento. A Lei não me permite dá o aumento que a categoria almeja, nem proceder a incorporações, em vista do comprometimento da receita com a folha. Comprometo-me a empreender esforços para garantir a reposição em janeiro próximo, porque também sou professor e tenho interesse que a Instituição conquiste a estabilidade”, finalizou Barbalho.

As 17h os professores novamente voltam a reunir para saber se permanecem ou não com a paralisação.