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17 de Outubro de 2012
Criado há sete anos, o Biotério do Centro Universitário dá suporte ao ensino, pesquisa e extensão, promovendo o desenvolvimento científico e tecnológico da Instituição. O órgão é referência na região e caminha para ser destaque na área da pesquisa no Tocantins.
O Biotério do Centro Universitário UnirG é um órgão técnico-administrativo que tem a finalidade de criar e manter animais de laboratório (ratos). Os animais têm alta qualidade no controle sanitário e genético, sendo saudáveis e próprios para testes científicos.
De acordo com o assistente de biotério e professor do curso de Medicina, Herivelto Silva Carlotto, o órgão conta com cerca de 500 animais. “Os ratos (Rattus norvegicus) albinos da linhagem Wistar são utilizados nas atividades de pesquisa e extensão e em maior quantidade nas atividades de ensino”, relatou.
Em agosto deste ano, o Biotério passou a contar com novas instalações no campus II, onde possui maior espaço e climatização adequada. “A transferência possibilitou melhorar o espaço físico, evitar gastos com logística e diminuir o estresse dos animais causados com o transporte, garantindo assim a qualidade dos ratos”, disse o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Dr. Marcus Teixeira Marcolino.
Desde que foi criado em 2005, o órgão funcionava no prédio do Ambulatório de Saúde Comunitária da UnirG. Agora com a nova instalação ficou próximo aos laboratórios utilizados pelos cursos da área da saúde, facilitando também a locomoção dos animais.
Conforme o professor da UnirG, Dr. Wataro Nelson Ogawa, que desenvolve pesquisas com a utilização de ratos, o animal precisa ser saudável fisica e psicologicamente. “A mudança ambiental afeta o comportamento social do animal, por isso o espaço físico é muito importante, assim como a condição climática e a produção de luz para que possam seguir sua biologia natural”, disse o professor.
“A nossa intenção é firmar parcerias com as instituições de ensino superior de todo o estado, permitindo a troca de material biológico, facilitando o trabalho dos nossos pesquisadores”, afirmou o Pró-Reitor.
Processo de produção
O Biotério é auto-sustentável, realizando a própria produção, com formação de casais e manutenção.
O assistente identifica os reprodutores e os pares são colocados em gaiolas ou caixas. O ciclo reprodutivo dura 21 dias e cerca 10 ratos são formados em cada gestação. Após o nascimento, os animais ficam até 15 dias na mesma caixa com os genitores, período destinado para amamentação.
Após essa fase eles são separados por sexo. As caixas das fêmeas contem até seis animais e as dos machos no máximo cinco. O consumo semanal de ração chega a 30 gramas. O clima do ambiente varia entre os 25 e 26º.
Quando o Biotério recebe pedido de animais para pesquisa, estes são catalogados por peso, sexo, quantidade e o título da pesquisa a serem destinados.“Os pedidos atendidos são apenas aqueles oriundos de projetos aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Instituição que é constituído inclusive por pessoas da sociedade”, frisou o professor Herivelto.
Pesquisas
Até o fim deste mês o órgão pretende iniciar projetos de pesquisa com envolvimento de acadêmicos, sobre biossegurança e monitoramento do nível de estresse dos animais.
Diversas pesquisas que utilizam ratos estão em andamento, no Laboratório de Fisiologia, dentre elas: toxicidade de plantas; estudo invitro de eletrocardiograma do animal, com testes de animais e frequência cardíaca; estudo eletro fisiológico de instestino; motilidade gástrica e trânsito intestinal, modelo experimental de diabetes tipo 2 induzindo dexametasona e tolerância a glicose, usando exercícios físicos, dentre outros.
“São várias linhas de pesquisa e a maioria usa fitoterápicos, como exemplo, uma parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), em que estamos desenvolvendo um óleo fitoterápico com propriedades anti-inflamatórias”, frisou o professor Ogawa.
O Biotério Central fica localizado no campus II, na ala dos Laboratórios.