Abertura do 2º Encenart emociona e reforça apelo para construção do tão sonhado teatro municipal

A primeira noite do 2º Enceanrt - Festival de Teatro de Gurupi foi marcada por muita emoção, protesto e apresentação do grupo Lamira Cia. de Teatro, de Palmas. A abertura foi ontem, 26, e contou com a presença de mais de 300 pessoas, que acompanharam atentas toda a programação. O ponto de partida foi dado com as apresentações do Trio Adágio e da Cia. de Teatro Turma do Lico, que fez uma bela performance a cerca do universo teatral com figurinos impecáveis.

Entre os presentes estiveram a presidente da Fundação UnirG, Dulce Furlan, o reitor do Centro Universitário UnirG, Alexandre Dias, a coordenadora da Casa de Cultura da UnirG, Sheyla Carvalho, o produtor teatral da Cia. De Teatro Sorria Meu Bem, Thomas Batista e a presidente da Associação de Artes de Gurupi, Lucirez Amaral.

Em seu discurso abrindo o evento Thomas Batista, expos as dores e alegrias de se produzir um Festival deste porte em uma cidade sem estrutura e com poucos apoios a arte. “Não é fácil bater de porta em porta e receber um não como resposta. Com esse projeto nosso objetivo é trazer grupos de todo Brasil para circular em Gurupi e termos o privilégio de mostrar nossa arte para toda comunidade”, disse emocionado.

Batista declarou ainda que teve que se mudar para a capital em busca da realização profissional. “A falta de valorização da arte e a falta de um teatro em nossa cidade me motivou a mudar para Palmas, em busca de um sonho. Cultura não se faz com promessas, mas com incentivo. Que as promessas sejam cumpridas e que um dia o Encenart seja referencia em nosso país”, desabafou.

Thomas agradeceu ainda aos parceiros: Banco da Amazônia, Secretaria de Estado da Cultura do Tocantins, Fundação e Casa de Cultura UnirG e a Organizações Jaime Câmara que apóia a divulgação. “Sem estes parceiros jamais seria possível alcançar o objetivo do evento que é trazer para Gurupi as melhores peças do país”, agradeceu o produtor.

Thomas Batista desabafou ainda que “o poder público local tem que enxergar o evento como um meio de aquecer a economia de bares, restaurantes, hotel e promover o turismo na cidade”.

Para Sheyla Carvalho um evento deste porte jamais será possível de se realizar sem a junção de grandes parceiros. “Só um grupo de interessados pela arte não é suficiente para promover um evento de excelência que seja comparado a tantos outros pelo país a fora”, afirmou.

Na finalização dos discursos, a Cia. Sorria Meu Bem prestou uma homenagem a presidente da Associação de Artes de Gurupi, Lucirez Amaral e a coordenadora da Casa de Cultura, Sheyla Carvalho, pelos relevantes serviços prestados em prol da causa cultural em Gurupi.

A grande surpresa da noite ficou por conta da Lamira Cia. de Dança que promoveu a interação  da platéia. Com um espetáculo itinerante os artistas circularam pelas dependências da UnirG e utilizaram os espaços como palco alternativo, em um criativa crítica a falta de espaços adequados ao teatro.