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Médica egressa da UnirG é voluntária em Canoas - RS


20 de Maio de 2024



Diante da grave crise humanitária no Rio Grande do Sul, muitos profissionais da área da saúde foram convocados para serem voluntários. Em meio a tantos chamados está a egressa de Medicina da Universidade de Gurupi – UnirG, que colaborou com a população gaúcha, de Canoas (RS).

Luísa da Silva Ferreira, 26 anos, é palmense, filha de gaúchos e concluiu o curso na UnirG em 2022. Desde quando se formou recebeu proposta de trabalho e foi morar em Curitiba (PR). Médica generalista, mas que também atua com a emergência cardiológica e oncológica, se viu incomodada com a situação do Rio Grande do Sul e dedicou seus dias a ajudar o povo canoense.

“Apenas meus pais moram no Tocantins, mas a família é toda gaúcha. Graças a Deus todos estão bem. Mesmo sem familiaress atingidos, a catástrofe tem um peso maior para mim, devido as minhas raízes”.

Ela relata como foi voluntariar nas ações solidárias no Rio Grande do Sul e de como foram seus dias atuando como médica socorrista. “Não consegui ajudar todo mundo, mas consegui ajudar alguns. O fato de ser abençoada e não me faltar nada, me fez refletir em colaborar com aquele que não tem o básico para sobreviver. Quando decidi participar dessa corrente solidária, me dispus a contribuir de alguma forma, seria como médica, cozinheira ou no resgate de pessoas e de animais nas enchentes”, relatou.

A médica diz ainda que mesmo que não tivesse vínculo com o RS, seria impossível não se sensibilizar com o que está ocorrendo com os moradores da região. “Quando eu soube da possibilidade de ir para lá, por meio de um avião particular doado por um empresário para levar mantimentos, medicamentos e médicos, não pensei duas vezes. Organizei com os colegas a minha escala de trabalho no hospital que atendo em Curitiba e segui para Canoas para me dedicar a colaborar com os médicos que já estavam há mais de cinco dias, ininterruptos, trabalhando sem descanso”, falou.

A médica falou sobre o caos que viu quando chegou na cidade e de como as pessoas estavam sendo socorridas nas casas, abrigos, hospitais e postos de saúde inundados.

“Encontramos as pessoas em situações variadas, desde as que tomam medicação controlada e estavam sem remédios, outras que estão em estado depressivo, seja pelo ocorrido ou não, e precisavam ser medicadas, além das que estão com a saúde comprometida pela falta até de higiene pessoal. As pessoas aglomeradas nos abrigos, misturadas com crianças, adultos, animais e ainda a falta de saneamento básico comprometem a saúde dos desabrigados”, acrescentou.

No penúltimo dia de trabalho, o grupo de médicos que Luísa Ferreira fez parte foi atender nos pontos de resgastes. Em um dos bairros de moradores mais carentes, que ainda está alagado, a equipe foi nas embarcações na busca de animais que ainda estão ilhados.

“O cheiro de esgoto é muito forte, há muito lixo espalhado e as águas estão contaminadas. Nossa missão foi medicar contra leptospirose, tanto os socorristas como os socorridos. Muitos sofrem também com hipotermia e tivemos que agir rapidamente. Há ainda a violência das facções e para evitar que os barcos sejam saqueados fomos acompanhados pelos policiais que fazem a segurança do local”, completou.

A demanda de pessoas que estavam em ambientes alagados e que precisavam ser socorridas diminuiu. O trabalho maior tem sido resgatar os animais. “Nosso grupo ajudou os colegas da Medicina Veterinária, que está em menor número de profissionais. Colaboramos medicando e aplicando injetáveis nos bichinhos e também medicando os veterinários que estão lidando com situações de animais bravos e assustados, que acabam mordendo e arranhando os profissionais”.

No último dia 16, o grupo de colegas finalizou o trabalho voluntário. À noite, todos retornaram para casa. 

Luísa Ferreira retornou ao trabalho com a sensação da missão cumprida em ter colaborado com o alívio do sofrimento e da dor dos moradores. Ela destacou que foram milhares de histórias de vidas interrompidas, tendo as casas destruídas, parentes ainda não encontrados, pessoas e animais mortos ou adoecidos.

O volume de doações que chega de toda parte do país, pessoas com histórias tristes, mas dispostas a ajudar a quem estava em situação pior foram situações marcantes nesses dias de voluntariado em Canoas.

  
(Fotos: arquivo pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 






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