Pesquisadores dão continuidade às visitas nas aldeias da Ilha do Bananal

A equipe do Projeto de Pesquisa (Multi) Letramentos: Contribuições para o Ensino estiveram novamente nos dias 29 e 30 de setembro, desenvolvendo ações pedagógicas aos indígenas da aldeia Boa Esperança, na Ilha do Bananal. A pesquisa contempla o Edital Propesq UnirG nº 14/2021

O objetivo da visita é de coletar informações detalhadas da realidade local dos indígenas e conhecer mais sobre os povos indígenas. Esta já é a sexta visita da equipe ao povo Javaé.

Estiveram presentes professores e alunos da UnirG, IFTO, UFNT, além de vinte e quatro alunos da educação básica do Centro de Ensino Médio Bom Jesus, para fins de observação e conhecimento da cultura Javaé. Essa ação foi realizada sob a orientação dos professores Valterlan Teixeira Araujo e Matheus Barbosa de Oliveira.  

De acordo com a aluna do CEM Bom Jesus, Analluiza Inocêncio, o povo indígena é muito receptivo. “Fomos recebidos com muita alegria pelos indígenas Javaé, que já estavam prontos a nos ajudar na travessia do rio. Iniciou-se, então, os processos de desbravamento do povoado e a observação do desenvolvimento de oficinas como a de dança, quando foram apresentados de forma recíproca os ritmos de cada cultura presente”, destacou.

“Esse projeto é de suma importância para divulgar o conhecimento e manter os costumes dos indígenas da aldeia Boa Esperança, além do reconhecimento e admiração de suas vivências, independência, linguagens, métodos de ensino, danças e tantas atividades apreciadas durante a estadia do grupo de docentes e discentes”, completou Analluiza Inocêncio.

Na noite do primeiro dia de pesquisa, de forma memorável, foi desenvolvida uma roda de conversa com a participação dos envolvidos no projeto e os indígenas. Na oportunidade, a equipe contou com a presença especial da anciã da aldeia, dona Lucirene Behederu Javaé, que compartilhou dúvidas e respostas a respeito da cultura Javaé, das experiências já vividas por eles, sobre suas origens e suas impressões do projeto.

Dentre as atividades desenvolvidas foram realizadas as oficinas: “Troca de saberes interculturais”, ministrada pela graduanda/UnirG Keyliane Leitão; “Danças Urbanas e Contemporânea” ministrada pelo graduando em Artes/IFTO Kenedy Fachini, Oficina de “Práticas de leitura e escrita Javaé”, ministrada pela doutoranda Solange Matos; “Construindo o imaginário: Criação de histórias a partir de objetos” ministrada pelas pós-graduandas do IFTO, Sueli Lira e Sandra Almeida.

Além das oficinas foram realizadas ainda as rodas de conversa intercultural para troca de experiências entre os pesquisadores e o povo indígena.

A coordenadora do projeto, professora Drª Marcilene Araujo, falou sobre a relevância das experiências vivenciadas in loco e o quanto a pesquisa está adiantada em termos de dados coletados e práticas realizadas

“Interagir com os alunos e professores da educação básica tem sido um laboratório para todos os integrantes de forma que tanto um quanto outro grupo aprende com as especificidades de cada um. Juntos, fortalecemos o desenvolvimento da nossa capacidade de atuar como pesquisador em diferentes áreas. Todos os pesquisadores calouros receberam instruções sobre a coleta de dados e os veteranos atuaram desenvolvendo oficinas e conversas para confirmação dos dados já coletados”.  

“Agradecemos ao povo indígena da aldeia Boa Esperança, a todos os parceiros colaboradores e em especial à Diretoria Regional de Ensino de Gurupi – DRE, que tem nos apoiado e contribuído com todas as solicitações referentes às nossas visitas”, completou Marcilene Araujo.

Pesquisadores

A pesquisa é realizada por meio de um trabalho interinstitucional entre a Universidade de Gurupi - UnirG, a Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT e o Instituto Federal do Tocantins – IFTO. A Delegacia Regional de Ensino - DRE é parceira do projeto de pesquisa. 

A equipe é composta pelas professoras pesquisadoras Dra. Marcilene de Assis Alves Araujo,  Me. Edna Maria Cruz Pinho, Me. Sofia Mara de Souza e a doutoranda Solange Cavalcante Matos, além da participação dos acadêmicos da UnirG dos cursos de Direito, Robson de Aquino Sampaio, de Pedagogia, Keyliane dos Anjos Leitão e de Letras, Luiz Fernando Macedo de Araújo.

Redação: Giselli Raffi