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18 de Maio de 2022
Hoje, 18 de maio, em todo o Brasil o Movimento pela Luta Antimanicomial destaca a importância dos cuidados em saúde e da oferta de tratamento humano e digno para pessoas com transtornos mentais. O tema é o destaque de um evento que teve início ontem, 17, no auditório do campus Jacinto Nunes da Silva, e que reúne professores, profissionais e estudantes do curso de Psicologia da Universidade de Gurupi.
Com o tema “Desafios, Perspectivas e Conscientização da Luta Antimanicomial”, até sexta-feira, 20, diferentes profissionais participam do evento compartilhando experiências sobre ações e políticas que são direcionadas a diferentes públicos no campo da saúde mental.
“Vamos conhecer um panorama da saúde mental em Gurupi, na região sul e no Tocantins, observando também algumas populações específicas, já estudadas pela Psicologia, que sofrem adoecimento devido às circunstâncias e transformações sociais. A Psicologia trabalha para extinguir estigmas, preconceitos, a segregação. Nesse sentido precisamos cada vez mais estudar e perceber a saúde mental de forma humanizada, atuando na promoção e prevenção da saúde”, explica a coordenadora de estágio do curso de Psicologia, professora Ma. Dulcimara Carvalho.
A psicóloga Elineide Madeira de Carvalho, psicóloga da Saúde Mental Indígena, abriu a programação com uma palestra sobre Saúde Mental Indígena. Há quatro anos ela atende moradores de comunidades de nove etnias da região sul do Estado, nas cidades de Sandolândia, Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia e Pium, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), ligado a Secretaria Especial de Saúde Indígena / Ministério da Saúde (MS).
“Apesar de ser recente a contratação de um psicólogo para assistir toda essa população da região sul, vemos avanços importantes. Infelizmente ainda temos uma alta incidência de suicídio na população indígena e cada vez mais vemos a importância da atuação do psicólogo nessas comunidades. Essa é uma população vulnerável e que necessita de uma maior assistência em saúde”, disse Elineide.
A realidade do trabalho desenvolvido junto à população indígena chamou a atenção da acadêmica do 5º período, Tiffanny Araújo. “Quando pensamos nos povos indígenas lembramos sempre de imagens que lembram natureza, tranquilidade, mas a realidade é que nas aldeias também há pessoas em sofrimento psíquico. Eles estão sendo impactados pela pandemia, pela revolução tecnológica, e o reflexo disso pode ser percebido no alto índice de tentativas de suicídio. A palestra ampliou o meu olhar sobre essa realidade, o que contribuiu para que tenhamos ainda mais empatia por essas pessoas”, disse a estudante.
Em seguida, o enfermeiro Me. Ricardo da Silva de Jesus, falou sobre “Saúde Mental no Município de Gurupi-To”. Hoje, 18, a programação segue com o Cinema em Psicologia, que exibirá o filme “Um estranho no ninho”, seguido de uma palestra que será ministrada pelos professores Ma. Laslei Teles Petrilli e Me. Paulo Henrique da Costa Mattos.
A programação completa pode ser lida aqui.
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Redação: Meiry Bezerra