A edição de janeiro do International Journal of Development Research, publicou o artigo “O atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência na atenção básica de saúde”. A produção é oriunda de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado na Residência em Medicina de Família e Comunidade da Universidade de Gurupi – UnirG, pela aluna Sayonara de Souza Milhomens Marquez, que também é egressa de Medicina na Instituição.
Conforme a médica, o artigo tomou como base os dados de uma parte da dissertação da professora da UnirG, Ma. Sávia Herrera, desenvolvida no Mestrado Profissional em Ciências da Saúde, ofertado por meio de uma parceria entre a UnirG e a Universidade Federal do Tocantins (UFT). O estudo foi contemplado em uma chamada do Programa de Pesquisa Para o SUS (PPSUS/TO) e contou com a participação de um grupo de docentes preceptores da Residência e acadêmicos de Medicina.
A coleta de dados foi realizada nas Unidades Básicas de Saúde em Gurupi (UBSs), com a participação da residente. O objetivo foi comparar a qualidade do serviço executado em Unidades Básicas em que há o programa de Residência Médica com os serviços prestados nas Unidades em que não há a Residência.
“Os profissionais das UBSs trabalham diretamente com grupos de crianças e adolescentes se deparam com um problema grave que é a violência sofrida por esse grupo. Infelizmente, os inúmeros abusos cometidos são subnotificados, não revelando a magnitude desse fenômeno e precisamos estar preparados para o atendimento”, continuou Marquez.
A pesquisa concluiu que o Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade promove a melhoria da qualidade na atenção básica de saúde no Sistema Único de Saúde, pelo trabalho prestado a crianças vítimas de violência, especialmente dos seguintes quesitos: discussão de caso em equipe, visita domiciliar, denuncia ao Conselho Tutelar, atendimento e acompanhamento dos pais, notificação compulsória a vigilância epidemiológica e acompanhamento multiprofissional na unidade.
“Alguns aspectos ainda precisam ser melhorados para a efetividade da assistência, bem como a importância da atualização constante dos profissionais envolvidos na equipe de saúde. Isso inclui o treinamento quanto aos formulários de notificações e ainda, em saber como agir diante dos casos de violência”, argumentou a médica.
“O diagnóstico foi realizado em 2017 e 2018, por meio da ferramenta QualiAB12, que é uma ferramenta de desenvolvimento e validação de uma metodologia de avaliação de serviços de atenção básica”, mencionou.
A Dra Sayonara concluiu o curso de Medicina na UnirG em 2016 e a Residência na Instituição, em 2019. Atualmente ela cursa a Residência em Pediatria, pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), no Hospital Infantil de Palmas e Hospital Dona Regina, em Palmas/TO.
O trabalho contou com a orientação dos professores Ma. Sávia Denise Silva Carlotto Herrera, os componentes da equipe do projeto PPSUS, o Dr. Neilton Araújo de Oliveira e o Dr. Marcos Gontijo da Silva, do supervisor e coordenador do Programa de Residência Médica de Família e Comunidade, da UnirG, Vladimir Tamayo Maestre, Yuniel Martinez Hernádez, dos professores colaboradores, Jacqueline Aparecida Philino Takada, Ma. Florence Germaine Tible Lainscek e Me. Rodrigo Disconzi Nunes. Houve também, a participação dos egressos de Medicina Júlio Cézar de Souza Júnior (bolsista) e Antonio Pedro Oliveira de Vasconcelos e o egresso de Fisioterapia Warly Neves de Araújo.
Esta pesquisa recebeu apoio do Decit/SCTIE/MS, CNPq, Sesau/TO e FAPT, por meio do edital PPSUS/TO 01/2017.
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