Projeto Engenharia Humanizada beneficia entidades e famílias gurupienses

Acadêmicos do 10º período de Engenharia Civil da Universidade de Gurupi – UnirG entregaram na manhã de ontem, 25, duas obras que beneficiaram a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Gurupi (Apae) e a família de um jovem cadeirante, morador do Setor Medeiros, em Gurupi.  As ações são partes do projeto Engenharia Humanizada, que é desenvolvido na disciplina Ética, Legislação e Segurança do Trabalho, ministrada pelo professor Gilberto Correia.   Na Apae foi feita a entrega de uma rampa que dá acesso ao Centro de Reabilitação Ana Gabriela, que atende mais de 40 alunos. A presidente da Apae, Erislene Vieira, agradeceu a doação recebida pela entidade. “A Associação é mantida por meio dessas parcerias com a sociedade. Esse é um grande presente, que irá facilitar o acesso dos nossos alunos ao Centro de Reabilitação. Agradecemos imensamente aos alunos e aos professores que viram essa necessidade e hoje estão beneficiando a nossa Instituição”, falou. O vice-reitor da UnirG, Dr. Américo Ricardo, acompanhou a entrega, e destacou a importância da iniciativa. “Mais do que formar profissional, a missão da universidade é formar cidadãos. Parabenizamos os alunos pelo trabalho, por servir a comunidade e facilitar o acesso das pessoas que frequentam a Apae”, disse. De acordo com o professor Gilberto Correia, o projeto permite que os acadêmicos tenham o contato com demandas sociais, desconhecidas por alguns deles, e dá a oportunidade de que contribuam com pessoas que necessitam de auxílio. “Muitos estudantes não residem em Gurupi, mas com essas iniciativas estarão deixando um legado, e essa é uma experiência que certamente traz muito aprendizado para cada um deles”, frisou. O coordenador do curso de Engenharia, professor Michael Caldeira, afirmou que “esse é um projeto muito importante e que deverá fazer parte do currículo do curso, estimulando os futuros professores e alunos a continuarem com esse projeto, que é muito relevante para Instituição e para a nossa cidade”. Cerca de 80 estudantes do 10º período (matutino e noturno) participaram do projeto. Eles escolheram os locais que receberiam as benfeitorias, desenvolveram o projeto e arcaram com as despesas das obras. Para o acadêmico Rafael Bispo da Silva, membro da equipe que desenvolveu o projeto na Apae, além de praticar o conhecimento técnico da Engenharia, a experiência também permitiu desenvolver um trabalho em equipe. “Foi uma escolha conjunta dos alunos, a partir da necessidade dos usuários da Apae de ter uma melhor estrutura de acesso, principalmente no período chuvoso. Essa ação, além de termos a oportunidade de exercitar o nosso conhecimento, também reforça a ideia de que a nossa profissão tem a finalidade de ajudar pessoas e sempre deve vislumbrar o apoio ao próximo”, destacou. Os estudantes do período matutino desenvolveram uma obra na cada de um jovem que utiliza cadeira de rodas, mas que não podia utilizar todos os cômodos da casa devido à falta de espaço adequado. “Fizemos uma rampa que dá acesso a parte externa da casa, nivelamos o terreno e ampliamos uma porta que dá acesso ao banheiro do imóvel. Dessa forma ele poderá se locomover com maior autonomia, sem depender ao auxílio de terceiros. Foi uma intervenção que certamente fará muita diferença na vida dele e da sua família”, explicou Íris Genuíno, acadêmica da equipe responsável pela obra.