Professor da UnirG irá lançar livro sobre raízes culturais tocantinenses, nesta quinta-feira, em Palmas

O jornalista, advogado, músico, compositor, professor e agora também escritor, Me. Paulo Albuquerque, coordenador de Jornalismo da Universidade de Gurupi - UnirG, estará amanhã, 29, lançando seu primeiro livro, “Cantos em si - Identidade tocantinense”. O evento será realizado a partir das 19h, na cafeteria Por que Café?, em Palmas. Segundo Paulo Albuquerque, o desejo de ver a raízes culturais locais serem fortalecidas foi a principal motivação para escrever o livro. A ideia foi ainda garantir a sobrevivência dos valores, diante da invasão cultural. “É interessante notar que boa parte dos habitantes, especialmente nas cidades mais povoadas, não tem raízes culturais ou históricas com a localidade já que veio nos movimentos migratórios a partir da criação do Tocantins. Para os jovens que nasceram na região após 1988 ficou um vácuo, um lapso temporal que os impede de conhecer a maioria dos elementos da cultura regional, afastando-os peremptoriamente de qualquer possibilidade de identificação”, afirmou. Com foco no fortalecimento das raízes culturais do Estado, a obra analisou 24 canções dos artistas regionais tocantinenses: Braguinha Barroso, Juraíldes da Cruz, Genésio Tocantins, Lucimar, Everton dos Andes e Dorivã. Cinco dos seis artistas analisados participarão do lançamento e cada um apresentará três músicas. Genésio Tocantins, apresentará as melodias, “Coco livre SA”, “Frutos da terra”, “Lira do povo”; Lucimar, “Portal Amazônico” “William do Bananal”, “Meu Tocantins”; Éverton dos Andes, “Vem pro Norte”, “ABC da Suciologia”, “Jiquitaia”; Braguinha Barroso, “Estrela de Muquém”, “Tocantins dos santos tambores”, “Graça Graciosa”; Dorivã, “Festa da colheita”, “Passarim do Jalapão” e “Mãe Romana”. Nascido em Cruz Alta (RS), Paulo Albuquerque mora no Tocantins desde a criação do Estado. O gosto pela música regional é fruto da influência familiar, de quando ainda morava em sua terra natal. “Meu pai, meus tios, a maioria dos amigos e eu sempre estivemos envolvidos com a música regional, tanto que em 1981 criamos em Cruz Alta um grupo de música nativista chamado Gente da Terra, minha primeira experiência como artista. Nessa época havia centena de festivais de música regional por ano no Rio Grande do Sul, servindo como estímulo para evoluir nas pesquisas e produções musicais e regionalismo”, disse o professor. Em 1989, no Tocantins, sua trajetória permaneceu atuando como professor e músico, participando de dezenas de festivais. “Pesquisar enredos sociológicos e comunicacionais, contextualizar isso às experiências e narrativas dos artistas que estarão em análise e, finalmente, parir o livro, nada mais é do que a conclusão de um trabalho que amadureceu com as observações e estudos de anos a fio”, completou. O professor disse ainda que o lançamento da obra será o momento de traduzir o trabalho de uma pesquisa de muitos anos de aproximação e de tentativa de valorização da cultura tocantinense. “Vejo na cultura regional a oportunidade de mercado, inclusive, para esses produtores. Não estou falando apenas de cultura, mas também sobre economia. Espero que este seja um de tantos outros espaços que possam se desenvolver por outras pessoas, pesquisadores, artistas e comunidade interessados em fortalecer esse laço que lutamos há anos”, finalizou Albuquerque. O escritor planeja em breve também lançar seu livro em Gurupi. A cafeteria Por que Café? está localizada na 204 Sul, alameda 14, lote 10, Palmas –TO.   (Com colaboração da Jornalista Heliana Oliveira)