Tristeza e depressão são temas de debate na 12ª Semana de Enfermagem da UnirG

A Depressão atinge uma a cada cinco pessoas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A quantidade de casos cresceu 18% em dez anos e a previsão é de que até 2020 seja a doença mais incapacitante do planeta. Com a temática “Tristeza ou Depressão, o que estou sentindo?”, foi aberta na noite de ontem, 17, a 12ª Semana de Enfermagem da Universidade de Gurupi – UnirG.

A moderadora da mesa-redonda foi a professora de Enfermagem, Ma Naiana Mota Buges. A psiquiatra Drª Luciana Krebs abordou sobre os aspectos psiquiátricos da depressão. Já o enfermeiro Ricardo da Silva de Jesus falou sobre o papel do enfermeiro no assunto discutido. A psicóloga clínica organizacional, Laís Rufone Gomes, destacou os aspectos psicológicos da doença e a coordenadora do curso de Psicologia da UnirG, Larissa Queiroz Azevedo de Aquino, abordou a depressão no universo acadêmico.

A Drª Luciana Krebs ralatou que a depressão é um problema de saúde pública e que as pessoas estão com dificuldade para identificar se estão tristes ou com depressão. “A tristeza é quando a pessoa pensa em algo específico, já a depressão não precisa de uma causa e cria mais outros sentimentos de desvalia. A depressão não é falta de fé, é uma doença sistêmica, que afeta a saúde de forma global”, frisou.

A psiquiatra mencionou ainda que, “por incrível que pareça a tristeza é um sentimento que me deixa feliz. Pois sei que estou viva e que mais na frente irei superá-la. Sei que a tristeza vai me tornar mais forte. Pensem nisso quando estiverem tristes”, afirmou a psiquiatra Drª Luciana Krebs.

Conforme a psicóloga Laís Rufone, a depressão aponta falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, desmotivação, fadiga, cansaço, alteração do sono, falta de apetite ou compulsão alimentar e negativismo. “A pessoa deprimida tem dificuldade para sair de casa, sentimento de culpa, baixa alto-estima, perde o contato social e se sente inferior aos outros”, completou.

Rufone indica para depressão leve, exercícios físicos, psicoterapia e apoio familiar. Já para a doença em estado moderado e grave, o acréscimo da medicação. “É uma doença grave que precisa ser tratada”, alertou.

Ricardo da Silva e Larissa Azevedo frisaram também a importância do acolhimento ao paciente e à pessoa deprimida. “A depressão não é frescura. Não banalizem a dor de ninguém, cada pessoa tem seu momento e sentimento, respeitem a dor do outro, que seja de uma unha quebrada ao luto”, reforçou a professora Larissa.

Abertura oficial

Participaram do evento, o presidente da Fundação UnirG, Thiago Benfica, a reitora Ma. Sara Falcão, a pró-reitora de Pesquisa e Pós Graduação, Dra. Rise Rank, a coordenadora de Enfermagem, Ma Denise Soares de Alcântara, a coordenadora de estágio, Cláudia Nere e a representante do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-TO), Drª. Joyce Princesa Portugal.

Durante o evento, o professor de teatro e coreógrafo Cristiano Cabral, coordenou uma performance sobre a Enfermagem. "O evento está sendo maravilhoso. O teatro sem palavras com tema de Florence, um dos maiores ícones na área, me deixou com lágrimas nos olhos. Fez-me pensar a enfermeira que quero ser", disse a estudante do 3° período, Evadjane Barbosa Tavares.

As atividades da Semana de Enfermagem seguem até o dia 24. Confira a programação completa da Semana de Enfermagem aqui.