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11 de Dezembro de 2018
Teve início esse ano o projeto “Gravidez na adolescência: prevenindo e planejando o futuro”, que busca ampliar o acesso dos adolescentes a informações adequadas sobre sexualidade, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). As ações são realizadas por professores e acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Psicologia da Universidade de Gurupi (UnirG).
De fevereiro a novembro, os acadêmicos participaram de capacitações e treinamentos para a prática a campo. Na última sexta-feira, o projeto realizou palestras e rodas de conversa com estudantes do 8º e 9º ano da Escola Municipal Odair Lúcio.
“Essa é uma discussão necessária pelo fato dos alunos destas séries já estão vivenciando o período da adolescência, em que estão propensos a iniciar a vida sexual. O projeto busca informar sobre a importância do sexo seguro para prevenir a gravidez na adolescência, que pode representar riscos à saúde tanto da gestante adolescente quanto do bebê”, afirma o professor Me. Jeann Bruno Ferreira da Silva.
A perspectiva é de que em 2019 as atividades ocorram mensalmente nas escolas da rede pública, com apresentação e discussão dos temas relacionados ao projeto. A estimativa é que mais de 800 adolescentes sejam envolvidos nas ações.
A coordenação é da professora Dra. Marcia Andrea Marroni, do curso de Enfermagem, e tem como colaboradores os professores Dra. Sandra Nara Marroni (Enfermagem) e Me. Jeann Bruno Ferreira da Silva, do curso de Psicologia. Vinte acadêmicos do quarto ao último período de ambos os cursos integram a equipe.
Segundo dados do Ministério da Saúde, nas últimas duas décadas, a gravidez na adolescência se tornou um importante tema de debate e alvo de políticas públicas em praticamente todo o mundo.
A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%), seguido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região Sul (62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%).
Apesar dos dados, a gravidez na adolescência teve uma queda de 17% no Brasil segundo dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde (2004 a 2015). A expansão do programa Saúde da Família, além do maior acesso a métodos contraceptivos e ao Programa Saúde na Escola (PSE), o qual oferece informação de educação em saúde, têm colaborado para a queda desse percentual.