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UnirG – Universidade de Gurupi
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Professora da UnirG pesquisa estratégias para o combate do mosquito Aedes aegypti


20 de Abril de 2016



A Drª Marise Tanaka Suzuki, professora do curso de Enfermagem do Centro Universitário UnirG, está estudando no seu pós-doutorado, maneiras de combater o mosquito Aedes aegypti. As pesquisas estão sendo realizadas na Universidade Federal do Tocantins (UFT/ Gurupi) e vão desde uso de óleos essenciais e metabólitos de plantas, assim como a produção do larvicida biológico a base da bactéria Bacillus thuringiensis. Além disso, há também o projeto que busca utilizar diferentes iscas para captura de mosquitos adultos. 

 

Marise SuzukiAedes aegypti é um importante transmissor do vírus da dengue. Atualmente o Governo e a sociedade têm se esforçado para tentar controlar o mosquito, que também é o disseminador da chikungunya e, principalmente do zika vírus, mas os resultados ainda não são satisfatórios.

 

“As ações de combate ainda não são suficientes para reduzir a população desse vetor nas áreas urbanas. Dessa forma, estamos traçando várias estratégias biológicas para colocar em prática o quanto antes, assim combateremos os mosquitos e diferentemente dos produtos frequentemente utilizados, esses são inofensivos para o ser humano”, disse a professora.

 

Atualmente, foi lançado pelo laboratório de Manejo Integrado de Pragas/UFT, um produto a base de uma bactéria chamada Bacillus thuringiensis, o qual é possível controlar esses mosquitos ainda na forma larval. “Essa bactéria já é utilizada como inseticida biológico há muito tempo em todo o mundo, inclusive já existem produtos comerciais, mas é muito caro. A estratégia foi encontrar essaaedes-aegypti mesma espécie de bactéria aqui no estado do Tocantins, para ser produzida em grande escala e num preço mais acessível”, acrescentou Suzuki.

 

Marise também informa que o grupo de pesquisa publicou recentemente um artigo referente ao uso do óleo essencial de Siparuna guianensis para o controle do mosquito, realizado pelo mestre Suetônio Fernandes e colaboradores. Além disso, estão em desenvolvimento dissertações e teses relacionados à utilização de metabólitos e óleos essenciais de outras plantas para o controle de Aedes aegypti, sob sua colaboração e supervisão do Dr. Raimundo Wagner Souza Aguiar.

 

O Congresso

 

foto 2 MarizeA professora participou no mês passado do XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia (XXVI) / IX Congresso Latino-americano de Entomologia (IX CLE), realizados em Maceió (AL). Na ocasião, Suzuki apresentou o trabalho em forma de pôster com o título “Seleção de atrativos para captura de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) adulto”.

 

Essa pesquisa foi específica para captura de mosquitos adultos fêmeas utilizando diferentes atrativos. “O experimento foi realizado em ambiente peridomiciliar com alta densidade populacional de mosquitos adultos, em novembro de 2015”, ressaltou.

 

De acordo com a professora, além de visar o controle do mosquito, também tem como objetivo capturar mosquitos fêmeas contaminadas para desenvolver estudos futuros.

 

Na ocasião foram testados seis atrativos: água, água fenada, sangue, isca viva (Pintinhos), água com fermento biológico e água com fermento e sangue. Concomitantemente, também foi observada a eficiência desses atrativos na captura desses insetos quando há competição de focos de criação desses mosquitos. “Não adianta ser eficiente apenas quando não há outra escolha para o mosquito ir, por isso montamos o experimento onde há muitos focos de criação”.

 

As análises constataram que os pintinhos são os melhores atrativos dos mosquitos fêmeas, por liberarem o CO2 e também pela necessidade do sangue para maturar os ovos. Outro resultado importante foi a utilização de fermento biológico, ou seja, ambos capturam uma elevada porcentagem de mosquitos fêmeas.

 

“Com essa pesquisa pretendo que se faça uma ação conjunta com o Centro de Controle de Zoonose (CCZ) para capturar as fêmeas adultas que estejam infectadas com os vírus da dengue, chikungunya ou zika, ou ainda futuramente levar para a sociedade uma forma eficiente de capturar e eliminar os mosquitos em suas casas”, revelou a professora. 

 

O trabalho apresentado no Congresso foi a primeira etapa do projeto aprovado no Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS). A segunda etapa é por em prática o que descobrimos efoto 1 Marizze também capturar mosquitos infectados com o vírus e fazer um estudo filogenético para determinar quantos tipos de cada vírus temos aqui no estado do Tocantins.

 

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UnirG (Propesq) afirmou que a participação da professora no Congresso é de extrema importância para o Centro Universitário UnirG, devido a grande relevância do estudo para o meio acadêmico e da atual situação de controle da epidemia no país.

 

"Acredito que minha participação no congresso nesse momento é importante, pois há urgência de reunirmos com os melhores entomologistas Brasileiros e Sulamericanos para traçarmos estratégias para o controle de Aedes aegypti. Além disso, também não estou representando só um laboratório de pesquisa, mas sim uma Instituição que está cada vez mais incentivando a pesquisa", avaliou Suzuki.

 

 

A pesquisadora

 

Marise Suzuki é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, especialista em gestão de controle de qualidade em alimentos também pela UEL, e Mestre e Doutora em Biotecnologia pela Universidade de São Paulo (USP).

 

É professora concursada na UnirG desde 2014, onde ministra aulas de Genética e Bioquímica para o curso de Enfermagem e também faz Pós-Doutorado na UFT/Gurupi sob supervisão do professor Drº Raimundo Wagner S. Aguiar. 

 

Desde 1998 ela trabalha com controle de mosquitos quando iniciou os estágios na graduação na UEL. “Com minha vinda para o Tocantins, pretendo, por meio do meu conhecimento, ajudar a controlar o mosquito que tanto adoece a população”, finalizou 

 

 






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